Violência sexual
Entende-se por Violência Sexual “qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, com uso ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa, de qualquer sexo e idade, a ter, presenciar ou participar de alguma maneira de interações sexuais, ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, com fins de lucro, vingança ou outra intenção”. (OMS, 2012)
A violência sexual abrange:
• Estupro dentro de um relacionamento;
• Estupro por pessoas desconhecidas ou até mesmo conhecidas;
• Tentativas sexuais indesejadas ou assédio sexual, que podem acontecer na escola, no local de trabalho e em outros ambientes;
• Violação sistemática e outras formas de violência, particularmente comuns em situações de conflito armado (como a fertilização forçada);
• Abuso de pessoas com incapacidades físicas ou mentais;
• Estupro e abuso sexual de crianças;
• Formas “tradicionais” de violência sexual, como casamento ou coabitação forçada.
Fonte: OMS,2018
Consequências da violência sexual
Fonte: Manual de capacitação profissional para atendimento em situações de violência (recurso on-line 46p.) PUCRS, 2018
Fonte: Manual de capacitação profissional para atendimento em situações de violência (recurso on-line 46p.) PUCRS, 2018
Apenas uma pequena parcela de casos de violência sexual procuram o serviço de saúde, a taxa de ocorrência é subestimada. Um estudo latino-americano, por exemplo, estimou que apenas cerca de 5% das vítimas adultas de violência sexual denunciaram o crime à polícia, ou um serviço de saúde.
Há muitas razões pelas quais as mulheres não denunciam a violência sexual:
• Falta de apoio;
• Vergonha;
• Medo de represálias;
• Sentimento de culpa;
• Receio de que não acreditem nela;
• Temor de ser maltratada ou socialmente marginalizada.
Fonte: OMS,2018
Os tipos de violência sexual:
• Assédio sexual: é a insistência inoportuna, independentemente do sexo ou da orientação sexual, com perguntas, propostas, pretensões, ou outra forma de abordagem forçada de natureza sexual. É o ato de constranger alguém com gestos, palavras ou com o emprego de violência, prevalecendo-se de relações de confiança, de ascendência, de superioridade hierárquica, de autoridade ou de relação de emprego ou serviço, com o objetivo de obter vantagem sexual.
• Estupro: “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso” (BRASIL, 2009b, art. 213). Dentro desse conceito, está incluída a conjunção carnal (penetração peniana ou de outro objeto no ânus, vagina ou boca), independentemente da orientação sexual ou do sexo da pessoa/vítima.
• Pornografia infantil: é a apresentação, a produção, a venda, o fornecimento, a divulgação e/ou a publicação de fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito (exposição de imagens) envolvendo crianças ou adolescentes, utilizando qualquer meio de comunicação.
• Exploração sexual: caracteriza-se pela utilização de pessoas, independentemente da idade, do sexo ou da identidade de gênero, com fins comerciais e de lucro, seja para a prática de atos sexuais (prostituição); a exposição do corpo nu e de relações sexuais ao vivo (striptease, shows eróticos), ou mediante imagens publicadas em (revistas, filmes, fotos, vídeos ou sítios na internet). Portanto, qualquer um que obtenha, mediante qualquer forma de pagamento ou recompensa, serviços sexuais, de forma direta ou com recurso de intermediários (agenciamento direto, indução, facilitação).
Referências
Manual de capacitação profissional para atendimentos em situações de violência [recurso eletrônico] / coordenação Luísa F. Habigzang. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
PUCRS, 2018.
WHO (World Health Organization).World report on violence and health. Geneva: World Health Organization; 2012 e 2018.
Ministério da Saúde (2009). Viva: Vigilância de violências e acidentes, 2006 e 2007. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde. Disponível em http://bvsms. saude.gov.br/bvs /publicacoes/viva_vigilancia_violencias_acidentes.pdf.
Arquivos anexos
-
Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes
(.pdf 1,59 MBytes)
-
Anticoncepção de Emergência
(.pdf 383,72 KBytes)
-
Atenção Humanizada ao Abortamento
(.pdf 1,61 MBytes)
-
Aspectos Jurídicos do Atendimento às Vítimas de Violência Sexual
(.pdf 565,69 KBytes)
-
Prevenção da Violência Sexual e da Violência pelo Parceiro Íntimo Contra a Mulher
(.pdf 3,01 MBytes)
-
Certificado de proteção para crianças
(.pdf 990,47 KBytes)
-
Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal Autoprovocada.
(.pdf 35,63 KBytes)
Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal Autoprovocada de caso suspeito ou confirmado de violência para notificação no sistema SINAN. -
Hospitais referência em Violência Sexual no RS
(.pdf 211,00 KBytes)
-
Informativo para preenchimento da Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal
(.pdf 366,96 KBytes)
Este Informativo tem como objetivo orientar o preenchimento da Ficha de Notificação de Violência Interpessoal do SINAN. -
Locais que realizam PEP - Profilaxia Pós Exposição ao HIV
(.pdf 149,78 KBytes)
-
Manual de capacitação profissional para atendimento em situações de violência PUCRS
(.pdf 1,04 MBytes)
-
Norma técnica - Atenção humanizada à pessoas em situação de violência sexual (Ministério da Saúde)
(. 1,46 MBytes)
-
Norma técnica - Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes (MS)
(.pdf 9,25 MBytes)
-
Violência contra Mulher - Notificações dos Profissionais PUCRS
(.pdf 426,33 KBytes)
-
Viva - Instrutivo de notificação de violência interpessoal e autoprovocada
(.pdf 2,98 MBytes)
-
Viol sexual 2015 a 2020
(.pdf 169,43 KBytes)