Situação Epidemiológica/Dados
Em 2009 uma nova variante antigênica do vírus influenza surge no cenário mundial - Influenza A(H1N1)pdm09 . Esta variante acometeu um grande número de países no mundo, sendo considerada como a primeira pandemia de influenza do século XXI. Durante a pandemia, no estado do Rio Grande do Sul (RS), foram confirmadas para influenza 3572 pessoas, das quais 298 evoluíram para óbito.
A partir deste ano foi implantada como estratégia para acompanhar a circulação de influenza a Vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), um tipo de vigilância universal onde todo o caso de SRAG internado em qualquer hospital do estado deve ser notificado e ter uma amostra coletada para pesquisa viral.
O predomínio entre os subtipos de vírus Influenza A variam em cada temporada. Com a pandemia de COVID-19 praticamente não se identificou circulação dos vírus Influenza.
No final de 2021, o vírus Influenza A (H3N2) volta a ser identificado entre os hospitalizados e permanece, durante a maior parte de 2022, como o único vírus Influenza identificado das SRAGS.
No final de 2022, o Influenza A (H1N1) reaparece e se mantêm até 2023 como o vírus Influenza predominante no Estado.
Outra estratégia para acompanhar a circulação de influenza é por meio da vigilância em Unidades Sentinelas (US), que monitoram em nível ambulatorial os vírus respiratórios de casos de Síndrome Gripal (SG). A rede de US de SG do estado é composta por sete estabelecimentos de saúde que tem como objetivos principais identificar as variações sazonais, detectar comportamentos atípicos na circulação dos vírus e promover cepas virais para a formulação da vacina influenza.
Ao longo dos anos observa-se que, entre os vírus pesquisados, o vírus influenza A predomina na maioria dos anos, mas o vírus influenza B circula concomitantemente entre os casos de SG.
Casos de Síndrome Gripal, segundo identificação viral (2009-2023).
Os anos de pico depois da pandemia ocorreram em 2012, 2013 e 2016. O ano de 2016 atingiu a maior incidência e mortalidade depois do ano pandêmico. Durante os anos da pandemia de COVID-19, a identificação do vírus influenza ficou consideravelmente abaixo do padrão conhecido. Em 2022 o vírus volta a circular concomitantemente com o SARS COV-2, com aumento da incidência, mortalidade e letalidade na população. A letalidade hospitalar que indica a gravidade da doença, tem se mantido estável dentro do esperado (10 a 20%).
Arquivos anexos
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Boletim vírus respiratórios
(.pdf 2,36 MBytes)
Boletim Epidemiológico dos vírus respiratórios de interessa à saúde pública. Semana epidemiológica 47/2023.