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Situação Epidemiológica

A leishmaniose visceral apresenta-se de forma endêmica em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e no Rio Grande do Sul. É uma antropozoonose que envolve vetores de transmissão e reservatórios naturais em seu ciclo. Os vetores de transmissão são os insetos flebotomíneos e, no Brasil, os cães domésticos são o principal reservatório da Leishmania sp. Geralmente, os casos em cães precedem os casos humanos. Dessa forma, a vigilância de casos caninos é importante para monitorar a dispersão da doença e identificar as áreas de transmissão. Além da vigilância de casos caninos, existe a vigilância entomológica (do vetor), mapeando as áreas rurais e urbanas onde o flebotomíneo é encontrado.

No Rio Grande do Sul, são realizados ambos os componentes da Vigilância Ambiental da LV: vigilância entomológica e de casos caninos. Segundo informações produzidas pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a transmissão em caninos ocorre em 12 municípios do estado, incluindo Barra do Quaraí, Itaqui e Uruguaiana. Estes municípios também registram a presença do vetor que transmite a LV, sendo que em Barra do Quaraí e Uruguaiana há a transmissão do agente etiológico em zona urbana.

Quando analisa-se as informações referentes a casos humanos, na série histórica de 2011 a 2022, houve o registro de 53 casos confirmados de LV no Rio Grande do Sul, destes 48 por critério laboratorial e 05 por critério clínico-epidemiológico – e 7 evoluíram para óbito. Com relação ao local provável de infecção (LPI), 43 casos são autóctones, ou seja, o Local Provável de Infecção é o próprio município de residência.

Mapa.
Mapa: Casos Autóctones de Leishmaniose Visceral - RS. Fonte: DVE/CEVS.

Centro Estadual de Vigilância em Saúde