Situação Epidemiológica/Dados
Nas últimas décadas, o número de casos notificados no Brasil vem decrescendo progressivamente. Em 1990, foram confirmados 640 casos da doença, com coeficiente de incidência de 0,45/100.000 habitantes reduzindo para 58 casos em 1999 (0,04/100.000 hab.) e zero casos em 2012. Entretanto, um surto de difteria ocorreu em 2010, no Maranhão.
A cobertura vacinal com a tríplice bacteriana (DTP) vem se elevando no período, passando de 66%, em 1990, para mais de 93,84%, em 2012. A letalidade esperada varia entre 5 e 10%, atingindo 20% em certas situações. Desde 2007, ocorreram 4 óbitos pela doença, 3 dos quais no ano de 2010.
Situação Epidemiológica da Difteria no Rio Grande do Sul
As taxas de incidência mostram diminuição importante na década de 80 quando as coberturas vacinais eram baixas. No final da década de 90, com o incremento das coberturas vacinais há quase o desaparecimento da doença, que tem se mantido em níveis baixíssimos (Figura 1). No entanto é preocupante a queda da cobertura vacinal observada desde 2013. Caso as coberturas se mantenham abaixo da meta é possível haver recrudescência da doença nos próximos anos.
Figura 1 Coeficiente de incidência da difteria e cobertura vacinal da DPT em crianças de 1 ano, RS, 1973 a 2016*
O Rio Grande do Sul (RS) tem mantido uma média de notificações de difteria de 8 casos (4 a 11) ao ano sem nenhuma confirmação laboratorial nos últimos anos. Todos os casos do RS foram confirmados por critério clínico e nenhum óbito foi registrado desde 2009.
Tabela 1 Série Histórica de dados de Difteria no RS, Casos Notificados, Confirmados e Coeficiente de Incidência (CI), 2009 a 2016*
Arquivos anexos
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2017 - Relatório Anual da Vigilância das Doenças Imunopreveníveis
(.pdf 2,71 MBytes)
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Nota Informativa nº 29 DVE/CEVS DEZ 23
(.pdf 859,71 KBytes)
Cenário epidemiológico da difteria.